Tuesday, June 2, 2020

Trabalho para realizar esses estudos - Free Essay Example

introduo RELEVNCIA DO TEMA Atualmente, no mbito da sade, falta tempo aos profissionais para se aperfeioarem. Para que esse aperfeioamento acontea, necessrio o uso de alguma ferramenta que possibilite que esses profissionais no necessitem sair de seu local de trabalho para realizar esses estudos. De todos os recursos de tecnologia da informao e, analisando que a videoconferncia tem como base o melhor uso da informao aliado aos recursos tecnolgicos, pode-se salientar sua importncia e sua veracidade para esses profissionais da sade, pois possibilita que estes se comuniquem com outros profissionais em outros hospitais, participante de palestras, vdeo aulas e cursos distancia, sem precisarem sair de seu local de trabalho. Vrios so os recursos tecnolgicos dentro de uma sala de videoconferncia. Nos ltimos anos, com o desenvolvimento da robtica e o aparecimento de processadores mais robustos, computadores e outros recursos foram aperfeioados e suas funcionalidades passaram a alcanar dimenses at ento no possveis. Esse salto tecnolgico barateou o custo de muitos produtos que antes tornavam o uso da videoconferncia no mbito da sade invivel e caro, como por exemplo: microfones, televisores, equipamentos de videoconferncia, computadores, cmeras, projetores, telas de projeo, notebooks, scanners de mesa, scanners de raios-X, licenas de softwares de videoconferncia, licenas de outros recursos para edio de apresentaes remotas por computador etc. No s se tornou mais barato ter uma sala de videoconferncia para a rea mdica, como tambm se tornou mais fcil o manuseio dos equipamentos. O fcil entendimento das funcionalidades desses produtos possibilita que mais profissionais tenham acesso ao uso dos mesmos. Antes os produtos eram em suma importados, principalmente os equipamentos de videoconferncia, onde, os manuais eram todos em lngua estrangeira, dificultando o entendimento das informaes sobre as aplicaes do produto. Atualmente, todos os produtos vm tambm com manuais e controles em portugus, facilitando e muito a compreenso das funcionalidades e possibilitando que cada vez mais leigos possam usar, sem muito treino, os mnimos recursos necessrios para um bom andamento de uma reunio por videoconferncia dentro da gesto hospitalar. No menos importante que custos reduzidos e agilidade dos produtos, temos tambm relevncia para a qualidade da informao que o uso da videoconferncia proporciona. Existe hoje em dia um tratamento especial imagem e ao som para que numa videoconferncia no haja perca de qualidade na informao passada. Essa preocupao gerou um padro de qualidade que referencia para o mundo todo. Vrios protocolos foram desenvolvidos para atender justamente essa demanda tecnolgica. Dentro do estudo de tecnologia da informao, comea-se a dar nfase tambm ao estudo e preparao de equipamentos especializados para videoconferncia, tornando cada vez mais vivel o uso da mesma quando o assunto qualidade e abrangncia da informao. Atualmente os profissionais precisam cada vez mais interagir, no mais possvel se isolar num mundo globalizado, visto essa necessidade, dar-se a entender o quo grande a necessidade de recursos tais que possibilitem a articulao de pessoas distncia, proporcionando possibilidades que antes eram difceis devido distncia geogrfica. A qualidade em todo o processo pode ser mensurada juntamente com o entendimento de que existe uma necessidade de chegar com a informao para mais pessoas ao mesmo tempo, seja qual for a regio onde essa pessoa more. Esta informao precisa ser clara e os envolvidos precisam interagir. Com o avano da tecnologia nas ltimas dcadas, isso se tornou uma realidade. Temos cada vez mais mdicos conectados, trocando experincias e fazendo diagnsticos distncia, muitas vezes para localidades onde so escassos os profissionais especializados. Em suma, a videoconferncia um dos principais recursos atuais da tecnologia da informao e, seu uso fundamental para potencializar o que se prope no que se refere transmisso da informao com qualidade. JUSTIFICATIVA PARA ESCOLHA DO TEMA Em tempos modernos, a importncia de determinado fator na formao do conhecimento ou da possibilidade de articulao entre as pessoas deve ser estudada e o fruto desse estudo repassado. A videoconferncia determinante nesse quesito, pois possibilita que muitas pessoas se conectem ao mesmo tempo e em locais distintos. Na sade, dois fatores so importantes, tempo e trabalho. Com a videoconferncia, o tempo se alia ao trabalho, pois o mdico pode realizar consultas, dar uma segunda opinio e, at mesmo fazer cirurgias para que outros profissionais estudem sua tcnica. O interessante que esse trabalho pode ser transmitido ao vivo para qualquer parte do planeta e, com interao ser acompanhado por centenas de outros profissionais. Analisando que atualmente muito se gasta com hora de trabalho na medicina e que o tempo do mdico valioso, temos um quadro onde a videoconferncia se torna uma vantagem operacional para o hospital. O estudo desse recurso, aliado ao interesse de mensurar a qualidade final do trabalho realizado dentro dos hospitais por intermdio da videoconferncia, justificam a escolha do tema. problematizao A qualidade fundamental em todos os aspectos onde se envolvem recursos de tecnologia. Em videoconferncia, o tratamento dos dados deve ser tal que possibilite que o usurio possa melhor entender a colocao da informao e como ele pode us-la em prtica, gerando conhecimento. Principalmente na sade, onde os profissionais envolvidos nas reunies por videoconferncia so os prprios mdicos, o servio de imagem e udio prestados por uma reunio de videoconferncia deve obedecer a um padro de qualidade. Esse padro determina que a quantidade de informaes perdidas deva ser as mnimas possveis, pois qualquer erro de transmisso de imagem, no caso de uma primeira opinio formativa, por exemplo, pode gerar em um diagnostico errneo. Assim sendo, tratamos o usurio como determinante da viabilidade do uso da videoconferncia, em termos de qualidade do servio prestado. Ou seja, por meios de dados coletados em pesquisa, possvel identificar o grau de satisfao dos mdicos para com relao s informaes que lhes so passadas em reunies de videoconferncia. PROBLEMA DE PESQUISA O uso da videoconferncia dentro dos hospitais universitrios, certificados de ensino e ligados esfera administrativa federal, tem sido realizada de forma satisfatria aos seus usurios? OBJETIVOS DA PESQUISA Os objetivos da pesquisa esto subdivididos em objetivos gerais, que visam identificar o grau de satisfao dos usurios da sade para com relao ao uso da videoconferncia, e objetivos especficos, que determinam como isso ser apresentado e realizado. Objetivo Geral Identificar a percepo dos profissionais da sade para com relao ao servio prestado nas salas de videoconferncia de suas Instituies. Objetivos Especficos Conceituar Tecnologia da Informao e demonstrar a historia de alguns de seus principais produtos no sculo XX. Indicar seu uso e aplicao em videoconferncias Apresentar usos de videoconferncias em Hospitais Universitrios. Realizar um estudo de caso nos hospitais universitrios ligados esfera administrativa das universidades Federais. Apresentar com base nos dados coletados em pesquisa de campo, informaes sobre a satisfao dos usurios dos recursos de videoconferncia nesses hospitais. METODOLOGIA da pesquisa Neste trabalho, o tipo de pesquisa utilizada ser de natureza exploratria. Pois se pretende entrevistar pessoas que usam os recursos de videoconferncia para obter dados que gerem informaes a identificar o grau de satisfao das mesmas para com os servios prestados. (GIL, 2002). Tambm ser do tipo bibliogrfico, pois sero usados livros, artigos, revistas, publicaes peridicas e impressos diversos para a obteno dos dados necessrios a transpor uma informao precisa e clara. Como amostra, pretende-se entrevistar 02 profissionais de 01 hospital de referncia, certificado de ensino ligado esfera administrativa de uma universidade federal, de cada Estado Brasileiro. Assim sendo, sero 54 entrevistados em todos os 27 estados. Para a coleta de dados, ser usado um questionrio que ser preenchido, por email ou presencialmente pelos voluntrios na pesquisa a ser realizada nos hospitais. Este questionrio conter perguntas direcionadas a identificar o grau de satisfao desses profissionais quanto ao uso dos recursos de videoconferncia em suas respectivas instituies de trabalho. Tambm sero usados os prprios recursos de videoconferncia ou webconferncia para a coleta desses dados. A anlise ser qualitativa, procedimento adotado para melhor identificar esse grau de satisfao dos usurios. ESTRUTURA DO TRABALHO Captulo 01 Tecnologia da Informao: Conceito, Histria e Aplicaes Conceitos de Tecnologia da Informao Breve Relato Sobre Alguns dos Principais Recursos de Tecnologia da Informao no Sculo XX Captulo 02 Apresentando os atuais recursos da tecnologia da informao para uma sala de videoconferncia: Uso e Funcionalidades Exigncias para a estrutura de uma sala de videoconferncia Apresentando a Rede Universitria de Telemedicina Captulo 03 Estudo de Caso Hospitais Universitrios do Brasil Apresentao dos Hospitais Universitrios Apresentao dos resultados do uso da videoconferncia nestes hospitais (Pesquisa de Campo). Concluso Anexos: Apresentao de Mapas, Fotos e Grficos. Referncias: Demonstrao dos recursos pesquisados para o desenvolvimento do contedo. 1 TECNOLOGIA DA INFORMAO: CONCEITO, Histria E APLICAES 1.1 conceitos de tecnologia da informao Atualmente a informao um recurso importante para todos. Ela precisa chegar com clareza e rapidez para cada vez mais pessoas ao mesmo tempo. Assim sendo, temos uma determinante que nos possibilita pensar, como atender a essa demanda? Analisando os recursos que temos a disposio, observamos que a tecnologia a que mais atende a essas necessidades. Observa-se tecnologia da informao em todos os recursos digitais que possibilitam a troca de informaes, ou seja, geram meios para seu uso. As empresas e as pessoas precisam constantemente de informaes oportunas ao seu desenvolvimento, para tanto precisam de ferramentas capazes de dispor destas, com a maior preciso possvel e em tempo real. A tecnologia da informao pode ser entendida como a juno de todos os resultados, aes e solues que so produto do uso de recursos tecnolgicos. Em suma, so inmeras as possibilidades para uso desse tipo de ferramenta, ou seja, usar recursos tecnolgicos em pr de obter informaes ou de pass-las. As atividades empregadas pelos usurios de recursos de informtica em pr da informao tambm conceitua esse tipo de emprego da tecnologia. Assim como todos os recursos no humanos que de eventualmente podem gravar, armazenar e disponibilizar dados que, ao serem esses interpretados, possibilitam que o indivduo receba uma informao (SOUZA; 2009). Outra definio para tecnologia da informao ressalta que a mesma est condicionada em aparelhos eletrnicos desenvolvidos em pr de possibilitar que dados sejam transmitidos com agilidade e qualidade. Esses dados devem ser acessados por pessoas que ao interpret-los, iro obter uma informao. Esses aparelhos so os hardwares que ao serem acionados, so capazes de gravar ou armazenar qualquer tipo de dado capaz de originar uma informao. Atualmente, com a evoluo da tecnologia, muitos desses hardwares ficaram mais robustos, possibilitando que cada vez mais pessoas tenham acesso a esses contedos ao mesmo tempo, sem perda de qualidade do dado gravado pelo recurso (NAVARRO; 2007). Nesta mesma linha de pensamento, outras abordagens so feitas, nestas expande-se os conceitos de tecnologia da informao para diversos seguimentos importantes. Um deles o planejamento estratgico da tecnologia da informao, que consiste em organizar todos os recursos disponveis que agreguem disponibilidade de armazenar dados para que estes possam trabalhar em conjunto (REZENDE; 2002). No menos importante, os recursos de TI (Tecnologia da Informao) devem, alm de trabalhar em conjunto entre si, trabalhar de acordo com as limitaes dos perfis das pessoas envolvidas. Estas desempenham um papel importante na interpretao dos dados que esses recursos oferecem, assim sendo, o conceito de TI est tambm implcito na forma como o conjunto se harmoniza, sendo parte desse conjunto todos os recursos humanos e no humanos. O planejamento estratgico da Tecnologia da Informao (PETI) um processo dinmico e interativo para estruturar estratgica, ttica e operacionalmente as informaes e conhecimentos organizacionais. Resende (2002) ainda ressalta a importncia da inovao para a questo da tecnologia. Mediante o fato de que os recursos de tecnologia da informao devem interagir com o perfil dos usurios, estes devem ser constantemente inovados. Ou seja, os equipamentos devem ser aperfeioados medida que as pessoas evoluem. Os conhecimentos sobre as funcionalidades dos produtos de TI geram demandas crescentes por melhorias e inovaes. Analisando todas as abordagens feitas sobre a tecnologia da informao, nota-se que o conceito de TI foca duas direcionais, os recursos humanos e os recursos no humanos envolvidos. As pessoas devem usar os recursos tecnolgicos disponveis (hardwares ou softwares) para adquirir dados que sejam capazes de serem analisadas e transformados em informao. Assim sendo, o conceito de tecnologia da informao no pode estar focado apenas nos recursos tecnolgicos que proporcionam troca de informao, mas tambm na capacidade desses recursos de interagirem com os usurios. 1.2 BREVE RELATO SOBRE A HISTRIA DE ALGUNS DOS PRINCIPAIS RECURSOS DE TECNOLOGIA DA INFORMAO NO SCULO XX Tendo em vista que o conceito de TI abrange os recursos tecnolgicos que proporcionam troca de informaes aos usurios, importante conhecer a histria dos produtos que ajudaram, direta ou indiretamente, para a construo do cenrio atual, no mbito da tecnologia da informao. Dentre os principais produtos do sculo XX que ajudaram no conceito e desenvolvimento desse cenrio, est o telefone, o rdio, o surgimento da televiso, dos computadores e dos softwares para computao. Esses produtos desempenharam papel fundamental para nortear estudos e pesquisas que vieram, com as inovaes tecnolgicas atuais, originar os recursos avanados de tecnologia da informao. Dos atuais, so destaque os computadores robustos, equipamentos de videoconferncia, telefonia mvel, televiso interativa e internet banda larga para acesso em quase todos os locais do Brasil. Retrocedendo para o quadro tecnolgico do incio dos anos 10 e 20, se observa que no havia muitos recursos que possibilitam a interao simultnea e rpida de dois ou mais indivduos geograficamente distantes. No entanto, depois da segunda guerra mundial (1939-1945), foram criadas novas ferramentas e os recursos existentes foram aperfeioados. Com isso, o prprio significado da palavra Tecnologia desempenhou entendimentos diferentes com o passar dos anos. De princpio, os recursos no eram muito geis e no se detinha capacidade de armazenamento, os equipamentos eram s vezes desenvolvidos manualmente sem muito emprego de tecnologia. A informao aliada tecnologia teve nfase com o surgimento dos primeiros meios tecnolgicos de comunicao (televiso, rdio e telefone), estes possibilitavam levar informao a longas distncias dando maior cobertura possvel (DINIZ, 2003). O primeiro aparelho tecnolgico a possibilitar transmisso de informao por voz para longas distncias foi o telefone. O grande avano nos estudos sobre este aparelho, criado em 1875 por Alexander Graham Bell, foi justamente o desenvolvimento do telefone mvel. Este conceito ajudou na concepo de vrios produtos que hoje so importantes dentro dos servios de TI. Os primeiros esforos definitivos para a comercializao deste tipo de telefone aconteceu em 1947, mas somente no final da dcada de 1970 esses servios foram incorporados e vendidos no Japo e na Sucia. No incio, os aparelhos pesavam quase meio quilo, e os assinantes tinham que pagar uma cauo de US$ 20 mil para entrar no sistema (MAFFEI; 2010; acesso em 19 de maro de 2010) A telefonia mvel passou por vrias modificaes at chegar ao quadro atual. A partir da dcada de 1980 muitos aparelhos foram comercializados, porm os custos ainda eram altos. Somente a partir de dcada de 1990 foi que os primeiros celulares com custos mais acessveis chegaram ao mercado (MAFFEI; 2010). Atualmente, muitos servios de TI foram incorporados telefonia mvel, alm do servio de voz tradicional. Inclusive, pode-se realizar uma videoconferncia atravs de um celular, basta ter os softwares necessrios instalados. Verifica-se ento que os primeiros aparelhos, mesmo no tendo todo o emprego da tecnologia necessria, j desempenhavam papel importante, pois possibilitava a comunicao a distncia, quadro que hoje j est bem avanado. Outra grande ferramenta da tecnologia da informao, que tem papel importante na interao de pessoas, mesmo que indiretamente em alguns casos, a televiso. A primeira televiso construda data de 1928, na poca no existia tecnologia tal que possibilitasse comunicao sem fios, assim sendo, o primeiro aparelho de TV era to simples que no tinha controle remoto. J em 1950, aps a segunda guerra mundial, a televiso havia sido aperfeioada, a nitidez era melhor e a qualidade como um todo tambm, porm ainda era em preto e branco. Mesmo com essa evoluo, esse importante recurso no teve inicialmente seu potencial devidamente reconhecido. A tecnologia em cores foi desenvolvida no final dos anos 40, no entanto s foi de fato comercializada a partir de 1960, onde os primeiros filmes foram rodados totalmente em cores. Em 1945, muitas famlias americanas acreditaram que tinham sofrido muitas dificuldades com a guerra e se presentearam com televises. As imagens tinham uma qualidade melhor do que as de modelos anteriores, porm ainda eram em preto e branco. A partir dos anos 70 e 80, com o surgimento de satlites mais sofisticados, os sinais de televiso alcanaram ainda mais localidades, dessa forma, a informao poderia chegar com mais rapidez para mais lugares em todo o mundo. A cor finalmente foi estabelecida como padro e comearam-se as transmisses ao vivo. Essa inovao foi um grande passo para o que hoje conhecemos como interatividade virtual. Nos primeiros programas pilotos transmitidos ao vivo, houve interao do pblico por telefone. Atualmente os recursos de TI com direcionamento interatividade virtual (por udio e imagem) obedecem basicamente a essa mesma ideologia, claro que com softwares mais avanados com funes mais sofisticadas e personalizadas, de acordo com o perfil de cada usurio. Ou seja, os produtos que atualmente usam protocolos de udio e vdeo para interatividade, so as evolues de conceitos e prticas que foram difundidos com o aperfeioamento da televiso ao longo dos anos 70 e 80 (SEDYCIAS; 2007). Assim sendo, se compreende que a televiso teve e tem um papel importante. Com os estudos realizados ao longo dos anos, desde sua criao, alguns conceitos originados por este equipamento foram sendo aperfeioados e inovados. No desempenhar dessas inovaes, possvel compreender como esse produto ajudou no que hoje se entende por interatividade por udio e imagem, dentro da abordagem de recursos avanados de TI. Em se tratando de udio e imagem em conjunto, a televiso foi realmente um grande recurso do sculo XX que contribuiu para o atual quadro da tecnologia da informao. Mas, existe outro produto que tambm foi desenvolvido e ajudou a aperfeioar o udio, inclusive foi precursor de alguns protocolos usados atualmente, por exemplo, os protocolos da videoconferncia, que tratam udio de maneira a evitar a perda da qualidade que emitida para os pontos de acesso remoto. Foi o rdio o primeiro recurso tecnolgico a levar o udio para mais de uma pessoa, localizadas em lugares relativamente distantes, ao mesmo tempo. O primeiro programa de rdio a ser transmitido no Brasil foi em 1922, durante as festividades do Centenrio da Independncia, no Rio de Janeiro. Durante muitos anos, o rdio foi o principal meio de passar informaes, fosse por msica ou por discursos. O rdio possui 70 anos de histria no Brasil. A inveno do rdio creditada ao inventor e cientista italiano Guglielmo Marconi, nascido em 1874 na cidade de Bolonha (RODRIGUES; 2008; acesso em 18 de maro de 2010). A informao teve tratamento especial e era transmitida de um local especfico para toda uma regio, limitada na poca municipalmente. Pode-se dizer que teve papel importante para a atual estruturao de protocolos de udio em TI, pois abriu possibilidades que nortearam muitas pesquisas em pr de melhorias na qualidade do udio, conseqÃÆ'Â ¼entemente essas pesquisas resultaram em produtos cada vez mais sofisticados, capazes no somente de transportar udio, como tambm transportar dados e textos. No aperfeioar da tecnologia ao longo dos anos, houve vrios momentos marcantes que determinaram o que hoje se entende por tecnologia aplicada informao. No mbito da computao, podemos citar o aparecimento e aperfeioamento dos hardwares e dos softwares, que so os equipamentos e os programas computacionais. Os primeiros computadores foram desenvolvidos durante a segunda guerra mundial e serviam basicamente para fazerem clculos precisos de coordenadas geogrficas. Eles foram criados em 1944 e pesavam mais de 04 toneladas. As funes bsicas para transcrio de informaes, comandos para transcrio de voz e imagem, s foram incorporadas aps a dcada de 1960 (CARNEIRO; 2006). A partir de 1960, mais precisamente em 1968, foi criado o hardware mouse. Inicialmente ele detinha o nome de bug. Seu uso s se concretizou comercialmente aps a dcada de 1980. A partir dos anos 80, os computadores adquiriram novas funcionalidades, com programas capazes de exibir vdeo em cores e udio por mais de um canal, tambm foram desenvolvidos programas para transcrio de textos. Em 1985, com o lanamento do Windows, as inovaes foram fortes, principalmente na programao grfica de todos os recursos. O lanamento do Windows trouxe para o PC as vantagens da interface grfica popularizada pela Apple. Hoje, 90% dos computadores funciona com uma verso desse programa. O surgimento e os avanos dos computadores foram importantes para o atual cenrio, dentro da tecnologia da informao. Ainda em 1985, apareceram os primeiros drives para CD-ROM (mdia a ser executada por estes drives), que foram um grande avano na substituio do antigo conceito para transcrio de dados, estabelecido desde a criao dos primeiros recursos para este fim, em 1958. Sua capacidade de armazenamento chamava a ateno, 550 megabits (atualmente 700 megabits) por CD (Compact Disc), isso superava e muito a capacidade de seu antecessor, o disquete, que tinha apenas 1,44 megabits de capacidade. A mudana nesse tipo de armazenamento foi fundamental, inclusive para gerar o atual conceito para armazenamento de dados, pendrives, HDs externos etc. Que, por sua vez, comportam muito mais informaes, e possuem maior mobilidade. Surgiram os primeiros CD-ROMs, nova mdia com capacidade para 550MiB, 387 vezes a capacidade de um disquete de 3 ÂÂ ½, mas apenas 12% da dos DVDs, que seriam lanados em 1996. Esses drives foram complementando as funcionalidades dos computadores que, a partir de 1996 com o surgimento do DVD (Digital Video Disc) e o aperfeioamento da Internet para acesso popular, foram sendo modificados de forma a desempenhar papel fundamental na rotina das empresas e das pessoas. Os recursos desses computadores para o tratamento da informao tambm foram aperfeioados, sendo que hoje so importantes para o trabalho de qualquer profissional de TI. Na mesma medida em que foram surgindo novos computadores, tambm foram sendo desenvolvidos programas para operar as funes que estes ofereciam, esses programas so chamados de softwares.Durante o sculo XX, muitos se destacaram, como por exemplo, a ARPANET (Advanced Research Projects Agency Network) em 1969. Esta ferramenta de troca de dados ficou conhecida como a que precedeu a Internet. Os estudos com base nessa ferramenta ajudaram a desenvolver a atual estrutura da interface World Wide Web (www), importante para o uso dos recursos de TI em um hardware conectado internet. Atualmente muitos softwares de TI usam a interface WEB para armazenar e dispor de dados, o layout dessa interface teve influncia definitiva depois do desenvolvimento da ARPANET (DIGNAN; 2009). Logo aps, outro produto importante foi lanado no mercado, o UNIX, em 1970. To importante quando o Windows, quando criado, pois o UNIX permitia que vrios usurios se conectassem ao mesmo tempo em rede. Dado que atualmente cada vez mais pessoas podem e precisam se conectar ao mesmo tempo, podemos entender a dimenso da importncia que essa ferramenta teve, mesmo em seu tempo. Citando o Windows, no se pode deixar de ressaltar sua importncia histrica para a computao. Focando no mbito da tecnologia da informao, esse sistema operacional diversificou muitas operaes e expandiu suas funcionalidades com o surgimento, em 1995, do Windows 95. Este foi estudado, melhorado, e hoje foi transformado num sistema operacional dinmico, com possibilidades que geram resultados eficazes, principalmente para tratamento da informao. Sem dvida, o Windows 95 alterou a forma como o desktop olhou e sentiu. Quando o Windows 95 chegou ao mercado a metfora para o ambiente de trabalho tornou-se padronizada com a barra de ferramentas, menu iniciar, cones etc. O trabalho conjunto desses recursos de computao aliados aos hardwares que os processavam, tornou a computao referncia no que diz respeito ao manuseio e armazenamento de dados. Dado o exposto, se percebe que muitos produtos, desenvolvidos ou aperfeioados no sculo XX, ajudaram na construo do atual conceito para Tecnologia da Informao. Tanto o rdio, telefone e televiso foram determinantes para novas pesquisas em protocolos de udio e tratamento de vdeo, estas pesquisas resultaram em produtos ainda mais sofisticados. Com a integrao desses resultados ao aperfeioamento dos computadores e perifricos, observa-se o surgimento de novos recursos para a tecnologia da informao, mas modernos e robustos, com inmeras funcionalidades. Sero apresentados a seguir, alguns dos recursos que surgiram do aperfeioamento das funes dos produtos desenvolvidos no sculo XX, no mbito da tecnologia da informao. 2 Os atuais recursos de tecnologia da informao aplicados ao uso da videoconferencia: apresentao dos principais produtos, estrutura de uma sala de videoconferencia e uso desses recursos em hospitais universitrios 2.1 APRESENTANDO OS ATUAIS RECURSOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAO PARA UMA SALA DE VIDEOCONFERNCIA: USO E FUNCIONALIDADES Os esforos para melhorias no desempenho dos produtos de TI desenvolvidos no sculo XX originaram recursos avanados que hoje so usados por quase todas as organizaes, direta ou indiretamente. Muitos desses equipamentos foram criados com base nos resultados obtidos com invenes antigas, como o rdio e o telefone. Diversos protocolos foram aperfeioados e muitos foram criados mediante a evoluo desses produtos. Um dos principais recursos de TI que existem atualmente a videoconferncia, que permite interao por udio e vdeo entre pessoas localizadas em pontos distintos. Entende-se por videoconferncia a interao por duas ou mais pessoas atravs de udio e vdeo por intermdio de algum produto de tecnologia da informao. Essas pessoas podem ou no estar distantes uma das outras, podendo at que vrias pessoas se comuniquem no mundo todo, ao mesmo tempo. A videoconferncia possibilita que essas pessoas conversem naturalmente e, inclusive troquem contedos digitais, como arquivos de computadores com textos ou apresentaes. A videoconferncia uma forma de comunicao interativa que permite que a duas ou mais pessoas que estejam em locais diferentes, a comunicao com udio e visualizao de imagem em tempo real. Reunies, cursos, conferncias, debates, palestras so conduzidas como se todos os participantes estivessem juntos no mesmo local. Com os recursos da videoconferncia, pode-se conversar com os participantes e, ao mesmo tempo visualiz-los na tela de um monitor (telo ou televiso, dependendo dos recursos utilizados), trocando informaes como se fosse pessoalmente. Este sistema de videoconferncia engloba muitos outros recursos de tecnologia da informao, chamados de recursos perifricos. Alm do prprio equipamento de videoconferncia, podemos citar os computadores, televisores de plasma, projetores, painis de projeo, cmeras, softwares de videoconferncia e softwares para interao virtual por chat e voz. Os equipamentos de videoconferncia tm basicamente a funo de proporcionar a mesma dinmica de uma reunio presencial, com o diferencial para a localizao geogrfica dos participantes, estes podem estar em locais diferentes, contanto que tenham o equipamento de videoconferncia para se comunicarem. Alguns equipamentos possuem tambm recursos que possibilitam apresentao de slides de computadores, este recurso pode ser usado pelo profissional que vai ministrar uma palestra, por exemplo. Tanto a imagem com o udio transmitido pelos equipamentos de videoconferncia, obedece a um padro de contedo, diferente dos padres usados normalmente para TV ou Rdio. Esse padro tem basicamente a funo de reduzir quantidade de pacotes necessrios a transmisso de uma imagem ou som, visando manter a nitidez e o contraste em um limite aceitvel. Existem outros protocolos que, mediante disponibilidade de banda larga (conexo acima de 04 megabits com a Internet), podem transformar uma videoconferncia numa reunio imagem em alta definio. Atualmente, com a implantao de redes de computadores mais avanadas dentro do Brasil, o aperfeioamento da videoconferncia se tornou possvel. Esse aperfeioamento originou novas possibilidades, dentre elas, a realizao de teleconferncias em alta definio de imagem. A videoconferncia uma forma de comunicao interativa que permite que a duas ou mais pessoas que estejam em locais diferentes, a comunicao com udio e visualizao de imagem em tempo real. Reunies, cursos, conferncias, debates, palestras so conduzidas como se todos os participantes estivessem juntos no mesmo local. Com os recursos da videoconferncia, pode-se conversar com os participantes e, ao mesmo tempo visualiz-los na tela de um monitor (telo ou televiso, dependendo dos recursos utilizados), trocando informaes como se fosse pessoalmente. Existem requisitos mnimos para que uma reunio por videoconferncia com qualidade de udio e vdeo acontea, o principal deles a conectividade com a internet. Todos os equipamentos de videoconferncia existentes atualmente no mercado necessitam de conectividade com a internet para estabelecerem conexo com outros equipamentos para o mesmo fim. As antigas velocidades de 300 e 600 kbps saram do ar e, em seu lugar, entraram os planos de 2,4 e 8 mbps. Parte disso deve-se aos Excelentes resultados nos testes com vdeo em streaming A conectividade deve ser de no mnimo 01 megabits, dedicado somente ao equipamento. Esta exigncia necessria para que durante uma videoconferncia no haja perdas de pacotes e, a imagem e o udio cheguem com qualidade. Durante muitos anos no Brasil, o uso da videoconferncia foi invivel pelo fato de no haverem redes avanadas para expanso de conectividade. Alguns dos primeiros projetos para implantao dessas redes vieram com a criao da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), essas informaes sero apresentadas com mais detalhes no prximo captulo desta monografia. O equipamento de teleconferncia normalmente vem acompanhado dos recursos mnimos para a realizao desse tipo de reunio distncia, com exceo da banda de internet. A maioria dos fabricantes desses equipamentos disponibiliza junto com o kit, uma cmera e um microfone de mesa, alm do equipamento (TANDBERG MXP USER GUIDE; Manual de Publicao da Tandberg; Pg. 03). Aliados aos equipamentos de videoconferncia existem outros recursos que so importantes, como por exemplo, os computadores. Estes so usados principalmente para exibio de contedos. Ou seja, durante a realizao de uma reunio, o equipamento de videoconferncia pode ser ligado a um computador onde, a imagem gerada por esse computador assumir uma posio na tela de projeo do equipamento de VC. Assim sendo, a pessoa que est do outro lado poder visualizar tanto a imagem da cmera do equipamento, com a imagem dos participantes na sala de reunio, quanto apresentao de algum slide, por exemplo, do computador. Esse recurso importante, pois possibilita que os profissionais que iro ministrar possam exibir os contedos de sua apresentao sem muita perda de qualidade (LEOPOLDINO; MOREIRA; 2001). Vale ressaltar que o computador deve obedecer aos protocolos exigidos pelos equipamentos de videoconferncia. Basicamente, os equipamentos para teleconferncia esto preparados para trabalhar com o sistema operacional Windows, da Microsoft. No entanto, existem softwares que podem ser instalados nesses equipamentos para que estes possam suportar e trabalhar com outros sistemas operacionais. Existem configuraes no prprio sistema operacional do computador que so exigidos para que o mesmo possa estabelecer uma conexo com um equipamento de VC, a principal configurao est na resoluo de tela a ser usada pelos computadores, estas devem ser compatveis com os limites estabelecidos pelo fabricante do equipamento de videoconferncia. A melhor forma de consulta para as configuraes de resoluo ideal de tela consultar o manual dos equipamentos de videoconferncia que, a partir de 2006 passaram a vir traduzidos para o portugus, no somente o manual, como tambm os menus de controle do prprio equipamento. Mesmo sem um equipamento de videoconferncia, possvel acessar uma reunio de videoconferncia do prprio computador. Para tanto existem softwares que podem ser instalados, estes possibilitam que esse tipo de conferncia acontea. Instalando um software de videoconferncia, o usurio dever estar munido de uma cmera e um microfone, para que este possa interagir com os demais participantes da reunio. Existem, no mercado, solues de videoconferncia multiponto centralizada que consistem somente de software, e outras que envolvem software e hardware. Por exemplo, a Cisco possui solues compostas de hardware e software. Por outro lado, o CUSeeMe disponibiliza solues em software. Para a realizao de uma boa reunio por videoconferncia, outros recursos, alm de necessrios, devem obedecer a certos padres de qualidade. Os microfones, por exemplo, devem ser escolhidos de acordo com o ambiente, sendo que o microfone de mo e o microfone de capela so os mais adequados. O microfone de mesa normalmente acompanha o equipamento de VC, porm, este tem alta sensibilidade e deve ser usado com cautela. As configuraes nos equipamentos para o uso desse tipo de microfone, essas configuraes devem ser estudadas para que no haja microfonia ou outras interferncias dentro da reunio. Os projetores, que iro repassar a imagem gerada pelo equipamento de VC para uma tela de projeo, devero obedecer a um padro de qualidade que possibilite pessoa que ir visualizar o contedo, total compreenso da imagem gerada. A cmera por sua vez deve obedecer aos protocolos exigidos pelo manual do equipamento que, visa as que possuem boa resoluo e definio em pixels. Normalmente um equipamento de videoconferncia pode trabalhar com uma ou mais cmeras, o modelo mais atual trabalha com at trs cmeras adicionais que podem ser posicionadas em qualquer parte de uma sala. Normalmente essas cmeras devem ser posicionadas de forma a captar a melhor imagem. Existem tipos diferentes de videoconferncia, relacionados quantidade de pontos conectados podendo ser unicast ou multicast. No caso da videoconferncia unicast esto conectados apenas dois usurios, ou seja, dois equipamentos de videoconferncia, onde um se comunica com o outro. A quantidade de pessoas dentro da sala onde se localiza cada equipamento pode variar de acordo com a capacidade da mesma (LEOPOLDINO; 2003; Acesso em 07 de Abril de 2010). Exemplo de videoconferncia Unicast Outro exemplo de videoconferncia quanto existem mais de dois pontos conectados, nesse caso necessrio o uso de um equipamento que controle a conexo de todos esses pontos, esse equipamento chamado de MCU (Multipoint Control Unit). Normalmente, uma videoconferncia com mais de um ponto conectado requer mais banda disponvel de internet, para este tipo de demanda a MCU age como interlocutor, dando suporte para que no haja sobrecarga de conexo em nenhum dos pontos conectados, garantindo a qualidade do servio para que no haja distores no udio ou na imagem que so gerados. Um MCU a combinao de um Controlador Multiponto (MC Multipoint Controller) e de zero ou mais Processadores Multiponto (MP Multipoint Processor). O MC, geralmente um software, o responsvel pelo controle de trs ou mais participantes durante sesses multiponto e o MP, geralmente um hardware, o responsvel pelo processamento do fluxo de udio, vdeo e/ou dados durante sesses multiponto. A presena do MP prov mesclagem, chaveamento, ou outro processamento de fluxo de mdia sob o controle do MC. Neste sentido, observa-se que os produtos de TI para videoconferncia como computadores, cmeras, microfones, controladores de conectividade e quantidade de conexes (MCU), so fundamentais para que pessoas distantes possam se comunicar. Importante tambm so as configuraes corretas que esses produtos devem ter para que possam desempenhar com qualidade suas funes. 2.2 EXIGNCIAS PARA ESTRUTURA DE UMA SALA DE VIDEOCONFERNCIA Os recursos de videoconferncia, conforme informaes do captulo anterior devem seguir a exigncias mnimas quanto s suas funcionalidades para que uma videoconferncia tenha uma qualidade de transmisso com qualidade. No entanto, existem outros fatores que podem indiretamente atrapalhar uma reunio por videoconferncia. No mbito da sade principalmente, pois numa cirurgia ao vivo, por exemplo, alguns desses fatores podem causar problemas em diagnsticos de primeira ou segunda opinio formativa mdica. Esses fatores esto ligados diretamente estrutura da sala onde os equipamentos de videoconferncia devero ser alocados, neste caso, so estudados os posicionamentos dos equipamentos, das cadeiras, de como ser a decorao, de como ser a luminosidade do local e se o ambiente possui uma acstica de qualidade. Sero analisadas abaixo pontuaes quanto adequao correta dos recursos item por item. Acstica: A acstica de uma sala de videoconferncia deve ser de tal maneira que no se perceba rudos no esperados no ambiente. Para tanto, a sala dever receber um tratamento nas paredes com um material adequado, para que o som no se dissipe pelo ambiente, causando microfonia. Usualmente esse material composto por borracha de cor cinza claro ou escuro, exposto com alto e baixo relevo em sua superfcie, medida tal que evita que o som se propague mltiplas vezes causando eco dentro da sala. O eco pode ser ainda mais atenuado dentro de um ambiente quando o mesmo possui parede de cor branca e textura de acabamento lisa, nestes casos o tratamento da parede com revestimento de borracha fundamental (FAUSTINO; 2009). Na mesma medida que o eco um resultado que atrapalha o andamento da reunio, existem tambm outros como o caso dos rudos externos. Tanto numa reunio por videoconferncia como numa reunio presencial convencional, o rudo externo atrapalha o andamento das atividades. No caso da videoconferncia esse rudo ainda mais perceptvel, por causa da alta sensibilidade dos microfones. Para sanar esse problema, as portas tambm devem ter acabamento de borracha na parte interna para evitar o eco e dos lados para evitar que sons externos cheguem at a rea de captao dos microfones. No mesmo sentido que esse tratamento importante nas portas, tambm fundamental o tratamento de janelas, quando existentes. No caso de janelas, essas devem possuir um sistema de bloqueio de som externo, medida esta que exige acabamentos de borracha especiais. Assim sendo, as portas e janelas de uma sala de videoconferncia devem obedecer a exigncia de no possibilitar que sons externos interfiram na captao dos microfones, atrapa lhando o andamento da reunio (FAUSTINO; 2009) Outro grande problema na acstica do ambiente, o posicionamento dos aparelhos de ventilao, sejam estes ventiladores comuns ou aparelhos de ar condicionado. Usualmente deve-se evitar o uso de ventiladores de teto e ar condicionados de parede, pois estes produzem sons rudos normalmente fortes que interferem no udio gerado pelo equipamento. O mais indicado para uma sala de videoconferncia o ar condicionado split, cujo compressor fica do lado de fora do ambiente, causando menos barulho. Ainda para esse tipo de ar condicionado, existe outra exigncia que tambm importante para se evitar rudos numa reunio a distancia, que justamente o posicionamento do mesmo dentro da sala. Os microfones de mesa e de lapela no podem ser alocados na direo dos ventiladores desses aparelhos, para que o fluxo de ar no interfira na capitao do som ambiente. Normalmente o microfone de mesa possui grande sensibilidade, principalmente para rudos de baixa freqÃÆ'Â ¼ncia, assim sendo, o vento causado pelos ventila dores de ar dos aparelhos condicionadores causa interferncia, devendo estes ficar distantes dos microfones, ou terem sua ventilao limitada num fluxo aceitvel (FAUSTINO; 2009) Analisados esses aspectos, pode-se considerar que em uma sala de videoconferncia, fatores como rudos externos e ecos dentro da sala podem ser gerados pelo despreparo acstico da mesma. As solues so o isolamento total do ambiente para com os rudos externos, isolamento acstico interno com mantas de borracha adequadas sobre as paredes, portas e janelas, alm do posicionamento adequado dos microfones em relao aos aparelhos de ar condicionado split. Neste sentido, pode-ser afirmar que numa sala de videoconferncia os seguintes aspectos devem ser relevantes: Varivel: Eco Exigncia: No Deve Existir Iluminao: A iluminao de uma sala de videoconferncia deve ser feita com lmpadas fluorescentes, de luz branca. Medida esta que se faz necessria para no haverem interferncias de cores. Usualmente as lmpadas incandescentes produzem luz de cor amarelada, essa cor amarelada atrapalha a captao das cores do ambiente pelas cmeras do equipamento de videoconferncia. A iluminao deve ser tal que possibilite que todos os participantes sejam bem visualizados pelos demais que esto participando de reunio remotamente. Para tanto, as lmpadas devem ser posicionadas estrategicamente dentro do ambiente. Para melhor alocar as mesmas na sala, necessrio que no haja lmpadas que direcionem luz diretamente sobre a cmera, pois isso interfere na capitao. Os emissores de luz devem ser posicionados de frente para os participantes, somente as lmpadas no fundo da sala, oposto ao equipamento, podem ser posicionados na parte superior do ambiente (FAUSTINO; 2009): Devem-se levar em considerao as necessidades da iluminao e o conforto visual dos participantes, a distribuio da luz deve ser indireta, difusa e uniforme e apenas um tipo de luz, evitando a mistura de tipos de lmpadas, pois isto atrapalha o balano de branco da cmera. Se a sala tiver janelas estas devero ter o fluxo luminoso externo bloqueado com cortinas espessas de tecido e blecaute (forro). Para reunies com uso de projetores, as lmpadas devem obedecer basicamente mesma exigncia. Numa sala, se as fontes de luz estiverem posicionadas sobre a cmera e perto dos projetores, a visualizao do contedo pelos participantes locais ser ruim. A medida ideal posicionar as lmpadas horizontalmente na mesma parede de onde se localiza o quadro de projeo, focando estas a platia, ainda deve-se observar que essas no devem ser posicionadas na contra direo da luz emitida pelo projetor, devendo ficar numa altura com diferencia de pelo menos 1 metro do direcionamento de projeo. Desta forma a luz do projeto que normalmente emitida pela parte de cima no sofrer interferncia da iluminao ambiente. importante ressaltar que para estes casos devero ser descartadas as cmeras auxiliares alocados normalmente nas extremidades da sala, somente a cmera central, localizada sobre o equipamento dever ser usada (TOCCHETTO; 2009). Analisados estes requisitos, existem tambm outros fatores que podem interferir na iluminao adequada de uma sala de videoconferncia, um deles a existncia de emisses externas de luz, por intermdio de portas com vidro ou janelas no ambiente. Para sanar este problema, as janelas devem ser cobertas por uma cortina prpria para bloqueio de luz solar, e as portas devem receber revestimento nos vidros para que no haja nenhuma interferncia externa. importante ressaltar tambm que mesmo que o ambiente tenha quantidade de luz externa o suficiente para uma boa iluminao, estas devero ser bloqueadas e o ambiente dever ser iluminado com as lmpadas fluorescentes, pois a quantidade de luz solar pode ser varivel conforme o tempo, ou seja, instvel (TOCCHETTO; 2009) Assim sendo, pode-se observar que para uma reunio por videoconferncia a iluminao do ambiente importante e deve ser tratada de forma especial. Os participantes devem se sentir confortveis com a visualizao do contedo e este deve ser claro e de qualidade. Para tanto, as lmpadas devem ser estrategicamente posicionadas e devero ser vedadas todas as interferncias externas no ambiente, para que o fluxo de luz seja continuo e agradvel. Neste sentido, tambm so fundamentais adequaes para com relao aos seguintes itens e suas variveis: Varivel: Iluminao Exigncia: Uniforme, com Brilho e Contraste Cmeras: Nessa parte analisa-se o posicionamento ideal das cmeras dentro de uma ambiente de videoconferncia. O equipamento fornece normalmente uma cmera principal de alta resoluo que deve ser posicionada em cima do equipamento de videoconferncia, na parte central na frente da sala de videoconferncia, contra a luz do projetor, embaixo do painel de projeo. Existe a possibilidade de alocar ainda mais duas cmeras auxiliares no equipamento de videoconferncia, estas devem ser posicionadas nas partes laterais da sala de videoconferncia, jamais devem ser posicionadas ao fundo da sala, por causa da iluminao padro recomendada. As cmeras auxiliares so indicadas para auditrios com capacidade superior a 100 pessoas sentadas, sendo que, o layout demonstre duas fileiras com capacidade superior para 50 pessoas cada (TOCCHETTO, 2009). O posicionamento das cmeras dever levar em considerao os ngulos para a melhor captao da imagem dos participantes, devendo estar adequado para as regies de interesse da captura de imagens de pessoas e objetos da sala. Tanto para equipamentos de videoconferncia com uma cmera e com mais cmeras as exigncias possuem o mesmo direcionamento. Nestes casos, estas devem estar posicionadas de forma a melhor captar a imagem dos participantes da reunio, sendo que, nenhum participante fique de fora da imagem gerada para os pontos de acesso remoto. No caso ideal, se o ambiente possui apenas uma cmera para captao de imagem, esta estar preparada para girar em 180ÂÂ º, recurso disponvel nos equipamentos atuais, e o zoom deve estar configurador para o valor mnimo, cobrindo maior parte do ambiente possvel. Quando o ambiente possui mais de uma cmera, o ideal que nenhum delas esteja configurado para captar a mesma imagem da outra, menos ainda estas devem aparecer na imagem gerada. Um dos problemas encontrados tambm, no mbito de posicionamento de cmeras para este tipo de ambiente, o fato de elas serem preparadas para captar detalhes numa sala de videoconferncia que outras cmeras convencionais normalmente no esto preparadas para gravar. As cmeras dos equipamentos modernos de videoconferncia so mais sensveis luminosidade e por isso o ambiente deve ter uma iluminao uniforme de forma que a mesma possa receber a imagem da sala da melhor maneira ao mesmo tempo em que a luz no tenha fluxo muito alto, para que no interfira na quantidade de pixels gerados (TOCCHETTO; 2009). Assim sendo, importante a forma como as cmeras de um equipamento so posicionadas, sendo que estas devem melhor captar a imagem dos participantes e que a iluminao no interfira na qualidade da imagem gerada. Analisando esses dados, percebvel que o posicionamento adequado das cmeras deve atender aos seguintes requisitos/variveis: Varivel: Posicionamento da Cmera na Sala Exigncia: Amplo Varivel: Posicionamento da Cmera para Participantes Principais Exigncia: Direto e Focado Decorao da sala de videoconferncia: A decorao deve buscar um equilbrio entre cores neutras e personalizao do ambiente. A decorao um dos pontos fortes na estruturao de um ambiente adequado para reunies a distancia. O uso das cores deve atender uma exigncia padro, tambm devem ser obedecidas noes de decorao e quantidade de objetos dentro da sala. Caso a sala de videoconferncia no necessite de um de um sistema de revestimento acstico, que normalmente detm cor padro como cinza, esta deve manter uma cor neutra, com exceo do branco, que uma cor no recomendada para pintura de paredes internas da sala, pois ajuda na propagao de eco quando relacionando ao som. As cores devem ser neutras justamente para evitar cansao pela viso dos participantes da sala, como tambm dos participantes remotos da reunio. Usualmente a cor cinza preferida. A textura da parede no deve ser perfeitamente lisa para que esta no seja capaz de proporcionar brilho, atrapalhando a iluminao uniforme e atrapalhando na captao da imagem pela cmera e a projeo do contedo em telas para projetores. A personalizao do ambiente deve dar-se atravs de elementos simples, levando sempre em considerao de que a ateno deve estar voltada para os participantes e no para o ambiente, evitando o uso de objetos com formas complexas ou espelhos que despertem a curiosidade ou criem confuso de imagens, distraindo a ateno dos participantes. Para casos onde nas paredes esto alocados quadros decorativos, estes no devem conter cores fortes, e no devem ser capazes de proporcionar brilho. Essas medidas so necessrias para no dispersar a ateno dos participantes dentro da sala de reunio como tambm os participantes remotos que esto assistindo a videoconferncia em outras localidades. Deve-se evitar no somente as cores fortes e o brilho nos quadros, como tambm no recomendado o uso de muitos quadros decorar o ambiente, para no confundir as pessoas que esto visualizando a imagem gerada. Quanto questo dos mveis, recomendado que estes tenham cor neutra e no ocupem um espao grande da sala, para no prender a ateno dos presentes na reunio. Normalmente os nicos mveis recomendados so os moveis necessrios para posicionar e alocar os perifricos dos equipamentos de videoconferncia, microfones, computadores, cmeras adicionais e at mesmo o prprio equipamento de videoconferncia na parte central, de frente para os participantes. No recomendado o uso de mveis no interior da sala de videoconferncia, pois estes podem ocupar um espao crucial, tal que poderia ser usado para alocar mais participantes dentro do ambiente (TOCCHETTO; 2009). As cadeiras que iro acomodar os participantes devem ser confortveis e estas tambm devero ter cor neutra e no possuir capacidade de proporcionar brilho. Para tanto, normalmente so usadas cores como cinza ou azul escuro. Cores escuras e neutras, como azul escuro, preto ou cinza escuro so recomendadas para contraste com o revestimento acstico, normalmente nas cores em tons de cinza. Em suma, todo o ambiente deve ser decorado de forma que a cmera tenha foco no participante, e no no ambiente. Para tanto em todos os itens presentes as cores devem ser neutras e o qualquer equipamento ou mvel que possa produzir brilho deve ser descartado. Isso evita que tanto os participantes locais como os participantes remotos no dispersem suas atenes durante a reunio. Neste sentido, a decorao deve obedecer aos seguintes itens/variveis: Varivel: Decorao Exigncia: Neutra e Uniforme Analisados os dados apresentados, entende-se que um ambiente de videoconferncia deve ser arquitetado de forma que a imagem e o som que so gerados sejam de qualidade. Para tanto, requisitos como iluminao, acstica, cmera e decorao precisam estar bem posicionados, configurados e padronizados conforme as exigncias para uma boa apresentao de ambiente. 2.3 Apresentao da rutE REDE UNIVERSITARIA DE TELEMEDICINA: O USO DA VIDEOCONFERNCIA NOS HOSPITAIS UNIVERSITARIOS DO BRASIL A RUTE (Rede Universitria de Telemedicina) tem como principal funo o incentivo aos Hospitais Universitrios a usarem salas de videoconferncia em pr da segunda opinio formativa, pesquisa colaborativa e assistncia remota. Tambm visa implantar infra-estrutura de videoconferncia nesses hospitais, de tal forma usarem as redes avanadas de internet no Brasil para se comunicarem com outras Instituies de Ensino e Pesquisa do mundo todo. A Rede Universitria de Telemedicina foi criada em 2006 e recebeu incentivo da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), e tambm da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa). Desde ento, foram criadas e estruturadas mais de 30 salas de videoconferncia em diversos hospitais universitrios e de ensino do Brasil. A Rede Universitria de Telemedicina uma iniciativa que visa a apoiar o aprimoramento da infra-estrutura para telemedicina j existente em hospitais universitrios, bem como promover a integrao de projetos entre as instituies participantes. A Rute uma iniciativa do Ministrio da Cincia e Tecnologia, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Associao Brasileira de Hospitais Universitrios (Abrahue), sob a coordenao da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) (Site RUTE, acesso em 14 de abril de 2010). Esse apoio fundamental para que os Hospitais interligados possam articular para fomentarem novas formas de incentivo segunda opinio formativa, ajudando tanto o profissional em seu enriquecimento de informaes quanto aos pacientes que so beneficiados com o trabalho desses mdicos. A telemedicina definida como o uso das tecnologias de informao para transpor distncias geogrficas e melhorar o atendimento sade e o acesso educao. A teledermatologia aplica essas tecnologias no campo da dermatologia. A estruturao da teleducao baseia-se na unio dos recursos de informtica e de telecomunicao, para estimular a interatividade e o processo de associao de idias, mantendo o interesse do aluno atravs de meios de comunicao eficientes e dirigidos. A incluso digital hoje um aspecto importante na formao da graduao e dos novos especialistas (LUNG WEN; 2003, acesso em 10 de abril de 2010). Basicamente, o profissional de sade detm de pouco tempo para exercer suas atividades ao mesmo tempo em que aperfeioa seu conhecimento. Neste sentido, a videoconferncia um recurso muito bom para que esse mdico possa realizar esse aprendizado sem sair de seu ambiente de trabalho. De tal forma que, este pode realizar inclusive consultas a distancia, dando segunda opinio formativa a outro profissional que precisa de ajuda em algum caso clnico (Revista de Telemedicina e Telessade; 2006). A Rute uma iniciativa do Ministrio da Cincia e Tecnologia, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Associao Brasileira de Hospitais Universitrios (Abrahue), sob a coordenao da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) (Site RUTE; acesso em 13 de Abril de 2010). Em 2006, o Projeto RUTE iniciou suas atividades e, nesta ocasio foram contemplados 19 hospitais ligados esfera administrativa federal. Esses hospitais receberam equipamentos de videoconferncia e outros produtos para montarem uma sala de videoconferncia. Muitos desses hospitais j tinham recursos prprios para este fim, no caso em questo o Projeto ajudou com recursos mais avanados para que estes pudessem aperfeioar a tecnologia emprega nas salas de videoconferncia, visando um padro de qualidade no mbito nacional. A tecnologia da informao disps dos produtos que possibilitaram que as atividades do projeto tivessem a dimenso que tiveram e, as Instituies j vinham realizando atividades de videoconferncia com outras, porm o nmero de participantes ainda era restrito. A Rede Universitria de Telemedicina foi possvel a essas Instituies e s demais tambm pelo fato do barateamento dos recursos necessrios para montar uma sala de videoconferncia, assim como pela reduo de custo nas manutenes da conect ividade com a internet. (FERREIRA, 2006). As tecnologias da informao e da comunicao TIC provocaram j alteraes profundas da sociedade no mundo, mas as transformaes resultantes das ltimas inovaes so ainda apenas perceptveis. As fibras ticas reduziro os custos em propores tais que as telecomunicaes tornar-se-o quase gratuitas (OLIVEIRA; 2003; p.37) A partir de 2007, esse Projeto ampliou sua influencia para mais outros 38 Hospitais, totalizando ento 57 Instituies beneficiadas com uma sala de videoconferncia dentro de suas dependncias. Esses hospitais receberam do projeto equipamentos de videoconferncia, televisores, equipamentos de som, cmeras, projetores, telas de projeo de alta tecnologia, computadores robustos, equipamentos de proteo de rede, softwares de videoconferncia, softwares para edio de vdeo, cmeras fotogrficas, gravadores de DVD (Digital Vdeo Disc), nootebooks, impressoras, scanners de raios-X, roteadores e switch para recepo de internet de alta velocidade, alm de recursos para adequarem a sala destinada s reunies de videoconferncia com as exigncias padres para uma sala de videoconferncia, mencionadas no captulo anterior (FERREIRA, 2006). A partir de 2008, muitas das salas de videoconferncia destas Instituies j estavam inauguradas e, portanto, podiam operar. Para incio destas atividades, foram criados, por estas Instituies, os Grupos de Interesse Especial. Esses grupos discutem temas relacionados a diversas reas mdicas como cardiologia, enfermagem em hospitais universitrios, alergias, dermatologia, alta complexidade em enfermagem (SOUZA, 2006). O objetivo principal da Rede Universitria de Telemedicina (RUTE), viabilizar o acesso das unidades de faculdades de medicina e hospitais universitrios e de ensino das diferentes regies do pas, que desenvolve projetos de telemedicina, ao sistema de comunicao da RNP (SOUZA; 2006; p.304) Os SIGs (Special Interest Group, Grupo Especial de Interesse), que so os Grupos de Interesse Especial da RUTE, esto atualmente em plena atividade. Os mdicos que se reunem para discutir os temas relacionados medicina realizam reunies semanalmente e alguns SIGs j possuem mais de 50 Instituies cadastradas para participarem das reunies (Site RUTE; acesso em 14 de abril de 2010). Para criar um SIG, uma Instituio deve encaminhar uma proposta padro para a coordenao nacional do projeto, esta deve conter a rea de interesse para estudos em medicina, alm de informaes sobre pesquisa colaborativa, assistencia remota e publico alvo das atividades, atualmente so mais de 33 SIGs em atividade pelo Projeto da Rede Universitria de Telemedicina (Site RUTE, acesso em 14 de abril de 2010). O projeto RUTE um componente importante para o desenvolvimento de atividades de videoconferncia entre hospitais. Essas atividades reduzem custos operacionais e viabilizam a interveno da informao na telemedicina em pesquisa, educao e assistncia (FERREIRA; 2006; p. 306). As reunies destes SIGs possuem alta qualidade na definio de imagem e udio, isso tambm foi possvel justamente pelo uso de internet de alta velocidade, proporcionada por redes avanadas da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa). Aliado ao uso de banda larga, acima de 100mbps, as salas de videoconferencia foram equipadas com equipamentos capazes de trabalhar com imagems de alta definio, esses equipamentos podem tanto receber quanto enviar imagem em alta definio. O udio tambm gerado com qualidade alta, isso possvel pela sensibilidade dos microfones destinados essas salas de videoconferencia. (ALVES; 2005). A infra-estrutura nacional de redes de longa distncia da RNP foi atualizada em outubro de 2005 para capacidades de 2.5 Gbps para 10 Gbps. A criao de uma infra-estrutura nacional de telecomunicao de apoio aos servios integrados de educao, pesquisa e assitncia mdica prestados pelos hospitais universitrios ser de grande utilidade e fundamental ao desenvolvimento das redes nacionais, fortalecendo a troca de informaes com recursos tecnolgicos (SOUZA; 2006; p.205). Um dos grupos especiais que mais se destacaram foi o de Enfermagem Intensiva e de Alta Complexidade, onde enfermeiros de todo o Brasil se renem em suas Instituies para discutirem temas relacionados enfermagem. O uso do recurso de videoconferncia proporcionou um grande avano para esses profissionais, pois puderem aperfeioar conhecimentos sem precisarem sair de suas Instituies de trabalho. Isso provocou uma queda em termo de tempo dedicado dentro do expediente ao perfeioamento com cursos e palestras. As altas velocidades de conexo possibilitam tambm que esses possam demonstrar vdeos e imagens em Power Point com apresentaes de casos clnicos de seus locais de trabalho para outros profissionais a distancia, sem perda de qualidade de imagem, dando a impresso de uma reunio presencial (LVY; 2000). Imagem feita com base em informaes coletadas no site RUTE (www.rute.rnp.br) Atualmente, todos os Hospitais Universitrios pertencentes uma Universidade Federal possuem cobertura do Projeto. Para estes uma sala de videoconferencia est destinada exclusivamente s atividades de telemedicina. Com a terceira fase do Projeto aprovada em 2009, j so 132 Instituies contempladas em todo o territrio nacional (ALVES; 2005). A implantao de infra-estrutura para interconexo das unidades de faculdades e hospitais universitrios de ensino das diferentes regies do pas, que desenvolvem projetos de telemedicina, permitir a comunicao e a colaborao remota entre grupos de pesquisa nacionais atravs da RNP, com base no uso de aplicaes avanadas de TI (ALVES; 2005; p.477) Em suma, todos os servios prestados pelo Projeto RUTE, so com foco na possibilidade de articulao dos mdicos distncia. Estes podem realizar consultas, dar segunda opinio formativa e discutir temas da medicina sem sarem de suas Instituies. Isso torna a videoconferncia um recurso operacional dentro desses hospitais, com a vantagem de que o profissional pode interagir sem precisar ausentar-se por longo tempo de seu expediente. O tempo gasto entre o descolamento deste profissional at uma sala de reunio em outra Instituio, por exemplo, desconsiderado, ou seja, esse mdico pode alocar mais tempo para dedicar-se sua profisso ou aperfeioamento de conhecimento.

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